Tentarei responder a pergunta mais frequente:
Aqui na Casa Maha Devi, além das práticas físicas bem orientadas e direcionadas, à necessidade dos grupos fazemos orientações com relação a temas pertinentes ao desenvolvimento individual.
No final da década de 1990, quando nos conhecemos no curso de Yoga das Faculdades Integradas Espírita, tempo em que o curso era livre e frequentado por pessoas que queriam conhecer seu potencial humano e que para essas pouco importava se ele era ou não reconhecido pelo Ministério da Educação, quando a sua história já o reconhecia como o único nesse formato neste seguimento no Brasil. Iniciamos nossas atividades com as bênçãos da professora Theodolinda Cury, que nos incentivou a acreditar em nosso potencial e segui-lo. Era o tempo em que tentávamos entender o que o termo “yoga” significava. Além do contato mais direto com a teoria das técnicas físicas, meditativas e energéticas, que entendíamos, se propunham a organização e manuter a saúde integral. Eramos jovens e Tínhamos um impulso latente que ansiava por algo que não fazíamos idéia, mas que era forte o suficiente para nos trazer para este aqui e agora menos ansiosos e mais humanos. Parece redundante mas foi absolutamente necessário! O movimento na medida certa pode sim trazer ao aquietamtento e ao silêncio nutritivo. Hoje estamos em casa, na Casa Maha Devi. Este nome foi escolhido pela simplicidade que ele representa, uma casa que acolhe, ampara e protege, que nos tem ensinado a servir de uma maneira mais consciente e que é um alento para os viajantes e os chegados pelo tempo necessário, a casa que é mais que um lugar e paredes de uma edificação estática, é uma casa viva. Em outra perspectiva, a Casas tambem representa, o nosso corpo que é “onde moramos”. que pede ser nosso verdadeiro lar, quando querido. Que generosamente é formado, mantido e transformado pela grande mãe natureza, o poder de manifestação da Consciência Dvina. Escolhemos como símbolo o rosto de uma mulher que vê, desenhado e pintado a quadro mãos, como a maioria dos nossos projetos, quando executados. Ela recebe, com reverência, respeito, doçura, vivacidade e firmeza, a quem chega. É um enigma para quem passa e um alerta, um sinalizador é uma benção à quem foi e a quem fica. Os valores que trazemos em nossa pratica se vida estão todos contidos nesse olhar, e sabemos, por experiência, que já são bons pilares para edificação das relações que temos estabelecidos com as pessoas nesse tempo todo, e o resultado de modo geral é de confiança, respeito dis verdadeiramente envolvidos. Embora muitas pessoas tenham nos procurado por orientação médica, psicológica, ou porque alguém indicou, aqueles que ficam acabam por entender que aqui estão porque gostam, e isto basta. Não há obrigação e as expectativas se haviam, diminuem enquanto o temo passa.
Sempre que recebemos novos visitantes, costumamos iniciar a nossa fala num tom de interesse e verdade para que a pessoa, desde o início, utilize o seu maior poder, o de escolha, para direcionar a sua ação consciente ao que virá a ser, permanecendo ou exercendo sua escolha de partir livre. Procuramos, na medida do possível, sanar dúvidas e incentivamos que deixem de lado as expectativas e se for de sua vontade, experimentem.
No que consiste à prática técnica, procuramos com muito cuidado e respeito adaptá-las para a realidade do grupo ou da pessoa, e, sobretudo, sem perder de vista a responsabilidade que temos enquanto instrutores desta ferramenta de autoconhecimento que é a tecnologia do Yoga que temos acesso. Porque de alguma forma, mesmo que modestamente somos, representantes dessa tradição antiga que, por sua precisão e verdade, persiste mais atual do que nunca, pois traz em seu corpo técnico, e ponto de vista, conteúdos atemporais. Que cabem em qualquer tempo, e pode ser direcionado qualquer ser humano que respire, em qualquer lugar, guardando a devida proporção e escolha inteligente, de acordo com o nível de consciência para o momento.
De todas as nossas dúvidas e certezas, lá do início algumas se atenuaram, outras se modificaram, desapareceram, assim como outras se acentuaram. Hoje a unica certeza que temos é que não podemos dizer o Yoga é, mas podemos nos aventurar em falar algumas coisas que ele não é,por exemplo: circo, comércio, exibicionismo, culto ao corpo, religião, fisioterapia, ginástica, contorcionismo, terapia, espetáculo, faquirismo, pilates…E assim vai e vai. No entanto, suas técnicas podem e devem ser utilizadas de maneira cuidadosa para que possibilitem bons resultados. E orientadas corretamente e diretamente por quem é autorizado pela vivencia pratica, pois não se baseia em simples modismo, ou somente em manuais, no conhecimento simplesmente teórico ou na crença, mas na experimentação e experiência. Quanto a fé, ela não é necessária, podemos deixemo-la para depois da confiança.
Assim seguimos nosso caminho aprendendo a cada dia, a cada respiração, a cada encontro de interesse!
Namaste!
Christyano Eduardo Ricetti